A importância da cadeia de frio na gestão de medicamentos

A cadeia de frio é o processo de recebimento, armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte de medicamentos termolábeis ou termossensíveis. O objetivo desta cadeia é assegurar que produtos que dependam de temperaturas baixas para a manutenção de suas características estejam seguros desde o laboratório produtor até o momento de sua administração ao paciente. Portanto, a gestão destes medicamentos demanda um complexo logístico ancorado em sistemas especiais de controle de temperatura, com monitoração e back-office full-time para casos de possíveis intercorrências em seu trajeto.

Com expertise de quase duas décadas em logística hospitalar de alta precisão, o Grupo UniHealth investe continuamente em infraestrutura e capital humano, alinhados com as melhores práticas e regulamentações da ANVISA, orientadas para esta operação.

Contando com 12 centros de distribuição alocados em diversas regiões do brasil, e operações também no exterior, a cadeia do frio do grupo conta com câmaras, containers e embalagens refrigeradas, controladas e monitoradas eletronicamente por wi-fi, e integradas a um sistema tecnológico próprio.

Como parte do controle das câmaras frias, são acoplados sistemas de alarme sonoro e envio de mensagem de texto e de e-mail aos responsáveis, em caso de qualquer modificação fora do programado para os produtos armazenados.

A logística contempla, ainda, antecâmaras para o recebimento e acondicionamento antes da expedição, e transporte refrigerado, com programação determinada conforme o tempo em que o produto deverá permanecer fora do ambiente da temperatura controlada. Em alguns casos são previstos equipamentos térmicos ou isotérmicos, e em outros o acondicionamento dos produtos em embalagem de isopor e gelo seco.

Em todos os casos, é essencial a presença de marcadores gráficos que possam comprovar a temperatura dos produtos quando chegam ao destino, e que devem estar de acordo com todas as normas exigidas para que a eficácia do produto não seja colocada em risco.

Distribuição e armazenagem das vacinas da covid-19

Diante de uma necessidade de vacinação em massa como em campanhas de contenção de epidemias ou pandemias como a que vivemos pela covid-19, a logística para a perfeita condução dos medicamentos armazenados e transportados se apresenta como fator primordial para o sucesso dos objetivos de imunização da população, especialmente em um país com dimensão continental como o Brasil.

Segundo o estudo “utilização e perda de doses de vacinas na região metropolitana de porto alegre, rio grande do sul: um estudo descritivo de 2015-2017”, cerca de 45% das doses foram desperdiçadas. Conteúdo do site the conversation aponta ainda que “erros de temperatura ocorrem principalmente devido a procedimentos de embarque inadequados na cadeia de frio, e essas perdas são estimadas em us $ 34,1 bilhões anualmente. Mas esse número nem mesmo leva em consideração o custo – físico e financeiro – de quaisquer doenças que poderiam ter sido evitadas com a entrega oportuna de vacinas de alta qualidade. ”

Dentre as opções de vacinas para a covid-19, algumas encontram-se com necessidade de refrigeração abaixo de -70 graus célsius, demandando infraestrutura de armazenamento e transporte altamente controlada.

Qualquer desvio de rota, de tempo, qualquer defeito em algum sistema na cadeia de abastecimento pode comprometer a integridade e a eficácia da vacina.

Para além dos operadores logísticos, é importante ter atenção na sustentação da cadeia também nas unidades de saúde responsáveis pelo recebimento e derivação da vacina à população.

E o que podemos concluir e atestar diante de tão grande desafio que se apresenta no atual cenário da saúde em que todos nos encontramos, é que a logística hospitalar brasileira tem know-how para somar com as soluções necessárias.